NASCENTES DO XINGU

‘Rei do Ouro’ vai assumir controle da CAB Cuiabá sem aval da Câmara

‘Rei do Ouro’ vai assumir controle da CAB Cuiabá sem aval da Câmara

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O Grupo Aegea Saneamento SA, através da empresa “Águas do Xingu”, deve ser oficializada, nos próximos dias, como a nova controladora e gestora da CAB Cuiabá.

A Aegea tem como sócio o empresário Filadelfo dos Reis Dias, de Cuiabá-MT, dono do Grupo Dias, conhecido por também atuar no ramo da mineração e construção civil. A Equipav também é sócia da empresa.

Toda a negociação está sendo feita, em São Paulo, por executivos do grupo, desde o início do ano. A Galvão Engenharia, que detém a CAB, está em recuperação judicial.

As tratativas para a mudança são feitas juntamente com representantes dos maiores credores da Galvão: Caixa, Bradesco, Votorantim, Pine, BIB, ABC, HSBC, Banco do Brasil, Itau e Santander.

A “Nascentes do Xingu” já está investindo pesado na nova empreitada. Contratou equipes de marketing e já está fazendo propaganda em TV, rádio, jornal e sites da Capital.

A empresa foi criada em outubro de 2012 e é responsável pela gestão de 24 concessões de água em Mato Grosso, e uma no Pará e em Rondônia. Juntas, as concessionárias atendem uma população de cerca de 550 mil habitantes nos municípios de atuação.

O prefeito Mauro Mendes (PSB) deve anunciar, nesta segunda-feira (28) que um grupo de credores passará a ter o controle da CAB e o repassará à empresa de Filadelfo, após um período de intervenção na empresa.

Como a negociação ocorre entre os credores da CAB e o Grupo Aegea, a mudança não deve passar pela Câmara de Cuiabá.

Isso porque a mudança no quadro administrativo da empresa em nada muda o contrato de concessão já firmado entre a Prefeitura e a CAB.

Mas, para que o contrato com a CAB seja mantido, a Prefeitura deve firmar um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) para obrigar a nova controladora a resolver problemas emergenciais e apresentar um cronograma de investimentos nas redes de distribuição de água e coleta de esgoto.

Pelo contrato, a concessionária já deveria ter regularizado o fornecimento e universalizado o sistema de captação de água da Capital. Mas, a cláusula foi descumprida pela CAB.

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