O empresário Wanderley Torres, dono da Trimec Construções, procurou o Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso, para tentar um acordo de delação premiada relativo às investigações deflagradas pela Operação Bereré, que desarticulou um esquema de propina no Detran de Mato Grosso.
Wanderley e o filho são apontados como os principais operadores do esquema que consistia na cobrança indevida de taxas dos usuários do órgão. Wanderley e o filho eram os donos da empresa utilizada para operar os desvios.
Em delação premiada, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) admitiu ser sócio do empresário e do ex-prefeito Mauro Mendes (PSB) em negócios de extração mineral em Mato Grosso e no Pará.
Segundo apurou o blog, Wanderley teria procurado o Gaeco, por meio do advogado Helio Nishiyama, que detém trânsito junto ao Ministério Público Estadual (MPE), para iniciar as conversações.
As tratativas, segundo o apurado, estariam adiantadas e o valor a ser devolvido pelo empresário pode ser fechado em aproximadamente R$ 1 milhão.
Caso o acordo seja fechado, o empresário deverá relatar e provar tudo o que souber sobre a operação da propina que abastecia, segundo as investigações, empresários e políticos, como o próprio ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os deputados estadual Mauro Savi (PSD) e Eduardo Botelho (sem partido).
