O ex-secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares, que morreu após sofrer um infarto na madrugada desta quinta-feira (16) em Cuiabá, reclamava com frequência aos amigos próximos que sentia-se injustiçado com ações propostas pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra si a poucos dias das eleições de 2018.
Trata-se das açãos decorrentes da Operação Catarata, conduzida pelo promotor Mauro Zaque, e que questionava a realização de cirurgias de catarata na Caravana da Transformação.
Mauro Zaque havia sido secretário de Segurança Pública na gestão do ex-governador Pedro Taques, mas acabou virando seu desafeto após denunciar o caso dos grampos clandestinos. No pleito de 2018, Taques concorria à reeleição junto com o atual governador Mauro Mendes (UB).
Em uma das ações, o MP pediu pediu a condenação por improbidade administrativa de Luiz Soares, além da perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos e pagamento de multa civil no valor de R$ 1,8 milhão.
A defesa do ex-secretário, patrocinada pelos advogados Ussiel Tavares, José Antonio Rosa e pelo próprio ex-governador Pedro Taques que hoje atua como advogado, considera que não há provas de nada ilícito nas ações propostas pelo MP.
O caso ainda será sentenciado pelo Poder Judiciário.
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